sábado, 25 de janeiro de 2014

ARTISTAS DO FUNK E PROFISSIONAIS DA POLÍCIA - UMA OPORTUNIDADE DE APROXIMAÇÃO



Você pode até não gostar do estilo musical mas terá que reconhecer que há uma grande oportunidade para as polícias no Brasil, no que diz respeito a aproximação da polícia com a sociedade. De um lado existe um aclasse de pessoas conhecida como "funkeiros". Descriminados e conhecidos por grande parte da comunidade policial como "bandidos", "alienados", "apoiadores do crime" e etc. Do outro lado esta a classe dos policiais, conhecida pela grande maioria dos funkeiros como covardes, repressores, violentos dentre outros xingamentos. Porém, ignorando a maioria, vemos que existe entre os funkeiros uma minoria que dedica suas letras a pregar a paz e a demonstrar a realidade das comunidades pobres. E existe dentre os policiais, uma minoria que aposta no ideal de policiamento comunitário, aproximação, quebra de paradigmas e polícia de diálogo.
Sabemos também que funkeiros não são considerados artistas e policiais não são considerados profissionais por algumas pessoas. Isso acontece porque os maus exemplos, tanto do funk quanto da polícia, são vistos como se fossem a realidade de todos os funkeiros e de todos os policiais. Mas a realidade deve ser mais forte que o preconceito.
Esses dois grupos de minorias se encontraram e estão fazendo a diferença. Quebraram-se paradigmas, tando os que tais jovens tinam a respeito da polícia quanto que os que tais policiais tinham dos funkeiros. Se o que esta acontecendo é aceito pela maioria? É bem provável que não! Mas uma coisa é certa: Essas duas minorias tem o potencial de mudar as bases preconceituosas aprofundadas na sociedade brasileira! Mostram que policiais são sim profissionais e que funkeiros podem ser bons artistas.

FALANDO A MESMA LÍNGUA: Policiais de Belo Horizonte utilizaram o próprio funk para educar adolescentes rebeldes e promover a paz pública. (Vídeo de 2012)


2 comentários:

  1. Legal, mesmo após quase dois anos de Projeto ainda repercute, pena que infelizmente ainda poucas pessoas entenderam a ideia. Sinal do forte preconceito que há de ambos os lados, e não digo só de dois, mas, de três lados, Comunidade, Funkeiros e Polícia. Mas contra fatos não há argumentos, e fato é de que o resultado da tentativa foi excelente, a comunidade aceitou e o canal para o diálogo foi aberto para que novas iniciativas possam surgir.
    E quando há diálogo e pessoas disposta a ouvir e te auxiliar na busca pela soluções de problemas, não há necessidade do uso da força!!

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  2. O Brasil ainda possui uma cultura muito atrasada, preconceituosa e entregue à segregação. Mas com pessoas como o senhor na segurança pública, tenho certeza que as coisas irão mudar. Lentamente, mas irão

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