IMAGEM ILUSTRATIVA
O aglomerado foi palco de vários momentos de tensão entre comunidade, traficantes e polícia.
É aquela velha história: "O traficante é aquele que compra o remédio pro seu filho quando ela tá doente, compra o seu botijão de gás, quando você não tem condições pra comprar..."
Ele faz isso porque é "bonzinho"? Claro que não! Ele quer apenas o apoio da comunidade pra continuar a praticar o tráfico sem ser incomodado pela polícia que, por sua vês, sofre com a hostilidade da comunidade local que a tem como intrusa e covarde.
A Secretaria de Estado de Defesa Social de Minas Gerais instalou, apressadamente, uma AISP (Área Integrada de Segurança Pública) no interior da comunidade, com o objetivo de fazer ser constante a presença do estado na região. Porém, sabemos que não basta instalar uma AISP na Serra - assim como não bastou instalar uma UPP em qualquer comunidade carioca. O estado precisa estar preparado para enfrentar hostilidade da comunidade provocado por traficantes que - é óbvio - não estão satisfeitos com a aproximação da polícia. Mas é claro que é possível conquistar a confiança dos moradores da Serra e ali promover segurança pública. Só que isso não irá ocorrer da noite para o dia.
A reportagem a seguir apresenta melhor os fatos:
JORNAL ESTADO DE MINAS
Clima volta a ficar tenso no Aglomerado da Serra após PMs atirarem em homem armadoSegundo os militares, vítima apontou arma para a viatura e foi baleada na perna. Moradores protestaram contra a ação dos policiais
Publicação: 27/01/2014 23:53 Atualização: 28/01/2014 01:40
O clima de tensão voltou a tomar conta do Aglomerado da Serra, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na noite desta segunda-feira. Moradores da comunidade se revoltaram depois que um homem foi baleado por policiais militares durante uma incursão da PM no morro. Várias pessoas se aglomeraram próximo à Praça do Cardoso e hostilizaram os militares. O policiamento foi reforçado, inclusive com o helicóptero da corporação, para evitar confrontos.
O conflito acontece três dias após a inauguração da Área Integrada de Segurança Pública, que tem como um dos objetivos aproximar a polícia dos moradores e recuperar a relação desgastada entre as partes por causa de vários conflitos. O primeiro deles aconteceu em 2011, após a morte do padeiro J.C.S., 17, e do tio dele, o enfermeiro Renilson Veriano da Silva, 39, durante uma operação policial no aglomerado. O outro epsódio foi em outubro de 2012, depois da morte do servente de pedreiro Helenílson Eustáquio da Silva, que também foi baleado por militares.
De acordo com a Polícia Militar, uma viatura do Tático Móvel do 22º Batalhão fazia patrulhamento pela Rua Bandonion na noite desta segunda-feira quando, por volta das 22h, se deparou com um homem armado. Os militares disseram que o suspeito chegou a apontar uma pistola em direção à viatura. Diante disso, os policiais fizeram três disparos, e um deles acertou a perna de Douglas Rafael Rodrigues de Oliveira.
A vítima foi socorrida por uma viatura da PM que deu apoio à outra envolvida na ocorrência. O rapaz, que não teve a idade revelada, foi encaminhado ao Hospital Pronto Socorro João XXIII. Tão logo o fato aconteceu, moradores foram às ruas reclamar da ação dos militares e o clima ficou tenso. Os policiais pediram reforço e tomaram conta dos arredores da Praça do Cardoso, que já foi palco de outros enfrentamentos entre a população e a PM. Homens do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) participaram da operação.
Ainda segundo a Polícia Militar, uma pistola calibre .380 que estava com o rapaz baleado foi apreendida
O conflito acontece três dias após a inauguração da Área Integrada de Segurança Pública, que tem como um dos objetivos aproximar a polícia dos moradores e recuperar a relação desgastada entre as partes por causa de vários conflitos. O primeiro deles aconteceu em 2011, após a morte do padeiro J.C.S., 17, e do tio dele, o enfermeiro Renilson Veriano da Silva, 39, durante uma operação policial no aglomerado. O outro epsódio foi em outubro de 2012, depois da morte do servente de pedreiro Helenílson Eustáquio da Silva, que também foi baleado por militares.
De acordo com a Polícia Militar, uma viatura do Tático Móvel do 22º Batalhão fazia patrulhamento pela Rua Bandonion na noite desta segunda-feira quando, por volta das 22h, se deparou com um homem armado. Os militares disseram que o suspeito chegou a apontar uma pistola em direção à viatura. Diante disso, os policiais fizeram três disparos, e um deles acertou a perna de Douglas Rafael Rodrigues de Oliveira.
A vítima foi socorrida por uma viatura da PM que deu apoio à outra envolvida na ocorrência. O rapaz, que não teve a idade revelada, foi encaminhado ao Hospital Pronto Socorro João XXIII. Tão logo o fato aconteceu, moradores foram às ruas reclamar da ação dos militares e o clima ficou tenso. Os policiais pediram reforço e tomaram conta dos arredores da Praça do Cardoso, que já foi palco de outros enfrentamentos entre a população e a PM. Homens do Batalhão de Rondas Táticas Metropolitanas (Rotam) participaram da operação.
Ainda segundo a Polícia Militar, uma pistola calibre .380 que estava com o rapaz baleado foi apreendida
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