sábado, 30 de novembro de 2013

O QUE A MÚSICA DIZ SOBRE O CRIME E SOBRE A SOCIEDADE.

A música é uma manifestação artística e cultural de um povo, em determinada época ou região. A música é um veículo usado para expressar os sentimentos.

A frase acima expressa o significado e a razão de ser da música. Impossível nos é determinar o surgimento da música na humanidade. Facilitamos, apenas, ao dizer que ela sempre esteve conosco. O ato de compor músicas é o meio de exposição de experiências, noções, ideias, visão de mundo...

  A musica sempre tem algo a dizer. A mais simplória letra é capaz de revelar algo sobre o indivíduo que a compõe. Canções de amor, angustia, ódio ou esperança são comuns em nossa sociedade. Nesta postagem vamos abordar o tema da musica como instrumento de conhecimento da realidade social no policiamento comunitário.

O tema é importante, pois se a polícia pretende agir em parceria com a comunidade, precisa transpor os obstáculos que fomentam a distância entre cidadão e polícia. Com base nisso, entendo que a música pode ser um instrumento eficaz em dois níveis: Primeiro como meio de conhecimento, ou seja, as expressões musicais advindas da comunidade sempre irão transparecer o ideal e a visão que os indivíduos daquela sociedade possuem, revelando o modo de pensar em relação ao mundo, à polícia, ao crime e etc. Em segundo nível, figuraria a música como meio de aproximação, como veremos nos exemplos dos vídeos.

Comunidades dominadas por facções criminosas, naturalmente, convivem com a produção de músicas que fazem apologia ao domínio criminoso. Funks, reps, Hip-hop’s, estão dentre os ritmos mais utilizados neste viés. “Nos mete bala e nunca corre, joga bomba e não se esconde..” (MC Smith). Revelação de mentes obstinadas, dispostas a enfrentar qualquer guerra para manter o domínio do tráfico.

Na mesma música, o MC relata a reação dos traficantes quando na ocorrência de uma operação feita pela Polícia Militar do Rio de Janeiro. Despreocupações, ausência de medo, desdenham do material bélico e do emprego repressivo estatal.

Musicas como o rep das armas, demonstram a satisfação e orgulho dos criminosos quanto a variedade de armas que possuem e as empregam na proteção do morro e na vingança contra os inimigos. São as músicas chamadas de Funk “proibidão”.

Por outro lado, existem músicas sem o intuito de apologia criminal e que manifestam de forma bem ampla a sensação dos moradores das periferias. Tais como: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci e poder me orgulhar e ter a consciência que o pobre tem seu lugar.”

A polícia esta aprendendo aos poucos a se aproximar da comunidade. Para quebrar obstáculos, paradigmas, nada como estratégias que envolvam a música (instrumento universal de confraternização e aproximação). Selecionei alguns vídeos que mostram algumas estratégias que estão dando certo.


A conclusão do tema eu deixo a cargo das músicas nos vídeos aqui publicados. 




Rep das armas: Ostentação do poder bélico criminoso. 



PM do triangulo mineiro faz serenata na fachada da casa de família de militares. Uma maneira de demonstrar que dentro da farda há seres humanos. 





PMMG leva sua banda para rodoviária. Este vídeo me emocionou (Sem mais comentários). rs.





Graduando em Direito pela UNI-BH.










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