Interessante documento sobre policiamento comunitário comparado, publicado no sítio da SENASP (Secretaria nacional de segurança pública), relata a experiência do Canadá quanto a formação de uma polícia cidadã. O texto indica que o fator que impulsionou tal mudança no modo de fazer polícia por lá, foi justamente o descrédito da polícia perante a sociedade.
"A Polícia Comunitária no Canadá teve seus primeiros passos há, aproximadamente,
20 anos, quando o descrédito na instituição policial obrigou as autoridades e a
população a adotarem providências para a reversão do quadro de insatisfação.
A implantação durou oito anos e demandou medidas de natureza administrativa,
operacional, mas, principalmente, a mudança na filosofia de trabalho com nova
educação de todos os policiais."
Polícia Comunitária Comparada - Elaboração: Coronel PMSC Jari Luiz Dalbosco e modificado pela SENASP pata fins didáticos.
O nosso país, por sua vês, enfrenta uma longa crise de confiabilidade de sua polícia, sobretudo em estados como Rio de Janeiro e São Paulo, onde o enfrentamento à uma criminalidade hiper armada, faz ser cada vez mais austero o trabalho das polícias estaduais. O descrédito das instituições policiais brasileiras deve-se principalmente ao histórico de corrupções e abusos de autoridade, que mesmo praticadas por uma minoria, não deixa de deixar uma nódoa na relação polícia e cidadão. Sabemos que ser polícia comunitária não significa ser polícia fraca, despreparada ou "boazinha", más significar ser uma policia que alem de possuir braço forte contra a criminalidade armada, não deixa de ser próxima e voltada para o diálogo com o cidadão que, ao seu turno, torna-se mais participativo, sendo ele (o cidadão) o maior interessado no bem feito trabalho da polícia. Ao nosso ver, a única forma de restaurar a autoridade policial é aproximá-la da população através de um mecanismo comunitário genuíno. Vê-se exemplos de polícia comunitária no Brasil, porém não ainda em grande escala; não ainda como prioridade. Não se deve esquecer que não se pode fazer polícia moderna sem valorização do profissional policial, sem educação institucional, sem quebra de paradigmas, sem investimentos materiais.
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