sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

UM POLICIAL PARA CHAMAR DE SEU (1)

Há poucos dias, tive a grande oportunidade de estar presente em uma palestra do pedagogo e professor Ricardo Balestreri, atual Secretário Nacional de Segurança Pública (Hoje ex secretário nacional de segurança pública), que foi realizada no Campus Tom Jobim, unidade de ensino superior pertencente à Universidade Estácio de Sá.
Presentes ao evento, vários oficiais da PMERJ - da área de ensino e da Academia da Polícia Militar, além de vários profissionais importantes da Universidade, dentre as quais, a Reitora Paula Caleffi, acompanhada da Diretora da Pós-Graduação Mônica Togatlian e, desta mesma Diretoria, a Coordenadora Nacional do Ensino na Área de Segurança, Kátia de Mello Santos, a qual tem a responsabilidade quanto aos cursos da SENASP realizados em todos os Campi do Estado do Rio de Janeiro e em mais oito Campi situados em vários Estados da Federação.
Dentre os assuntos abordados pelo Prof. Balestreri, anotei algumas de suas palavras feitas durante a palestra, as quais decidi divulgá-las, não só pela importância, como também pela coerência das afirmações. Disse o Secretário Nacional:
"Uma das causas da violência e do crime, uma verdadeira tragédia na segurança púbica, é a injustiça social e a ideologia do consumo (é como se fosse, mesmo, uma religião do consumo). Os paramentos dessa "religião": os tênis de marca, os bermudões, etc. 

Esse aspecto, mais as gestões equivocadas da segurança pública é que provocaram o caos a que chegou a segurança pública contemporânea. 

Acrescente-se ainda: a politização da segurança pública; o uso da máquina; o clientelismo e o empirismo com que vinha atuando as polícias! 

Em algumas ocasiões, apelou-se para ações repressivas fortes, algumas vezes sem o devido respaldo legal. Ora, se truculência resolvesse a questão da segurança pública, esse nosso Rio de Janeiro seria um paraíso. 

A concepção está errada: Polícia pertence à comunidade, não pode ser Polícia de Governo. 

O rádio-patrulhamento é o modelo predominante de policiamento. É completamente errado, não funciona na prevenção. 

Só o conhecimento vai dar ao policial a prudência, a maturidade e a responsabilidade. 

Onde não há segurança pública, não há desenvolvimento econômico."


Num dos momentos finais da palestra, o Prof. Balestreri dedicou-se a tecer honrosos elogios ao jornalista Jorge Barros e à jornalista Vera Araújo, ambos do jornal O Globo, citando a respeito desta última, o título de uma de suas matérias - "Um policial para chamar de seu".
Por: Paulo Amendola - Coronél




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